A única classificação brasileira para a quarta fase aconteceu no duelo verde-amarelo com Wiggolly Dantas e valeu duas chances de classificação para as quartas de final no Havaí.

O Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons ficou mais três dias parado e o prazo termina na terça-feira, então retornou em ondas pequenas no domingo para as primeiras eliminatórias da etapa que fecha o Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016 no Havaí. As condições variaram bastante durante o dia, com as direitas do Backdoor funcionando melhor com bons tubos, do que as esquerdas de Pipeline. Oito brasileiros competiram e o único a passar da terceira fase foi Filipe Toledo, ganhando um duelo paulista com Wiggolly Dantas no Havaí. Já Alex Ribeiro não competiu no domingo, pois sua bateria é a última da terceira fase e ficou para abrir a segunda-feira em Pipeline.

Depois da bateria dos dois surfistas de Ubatuba, mais quatro brasileiros tentaram a vitória que valia duas chances de classificação para as quartas de final, mas todos competiram numa hora ruim do mar e perderam. Os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza, que decidiram o título do Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons no ano passado, não tiveram chances de mostrar o que sabem com a irregularidade do mar e quase não surfaram em suas baterias.

O atual campeão da Tríplice Coroa Havaiana e finalista em Pipeline nos dois últimos anos, ainda surfou um bom tubo no Backdoor, mas logo o australiano Ryan Callinan deu o troco num parecido com o dele para vencer por 15,34 a 11,43 pontos. Com a derrota na terceira fase, Medina agora pode perder a vice-liderança no ranking para o sul-africano Jordy Smith, ou para o norte-americano Kolohe Andino.

“Estou muito feliz com o meu ano”, disse Gabriel Medina. “Foi um bom ano e quero agradecer a todos que estiveram envolvidos comigo. Agora vou para o Brasil para relaxar um pouco com a minha família e amigos, porque logo começa tudo de novo. Vou voltar a treinar forte e estou me sentindo muito bem e confiante para o próximo ano”.

Duas baterias depois, Adriano de Souza ficou mais de 30 minutos esperando por ondas e não teve o que fazer contra Nat Young, que precisa de um bom resultado para garantir sua permanência no CT e avançou por 8,00 a 3,34 pontos. O norte-americano continua em último no grupo dos 22 primeiros colocados no ranking que são mantidos na elite, com sua vaga ainda ameaçada pelo compatriota Kanoa Igarashi e o francês Jeremy Flores. Os dois também podem tirar o brasileiro Miguel Pupo do CT 2017 se entrarem no G-22.

“Foi um ano diferente para mim, por ter sido campeão mundial e estou animado para o próximo ano”, disse Adriano de Souza. “Acho que vai ser melhor, porque terei mais tempo de me preparar para a temporada. Pena que não veio onda na bateria, mas esse evento é muito especial para mim. Eu venho para este campeonato há 10 anos, sempre aproveitando para aprender com os melhores e vou continuar por aqui treinando para o ano que vem”.

VAGA GARANTIDA

Na batalha pelas últimas vagas no G-22 do CT, a derrota de Miguel Pupo para o australiano Joel Parkinson acabou garantindo Wiggolly Dantas na elite de 2017, que tinha perdido para Filipe Toledo na única classificação brasileira para a quarta fase no domingo. A maioria das baterias foi fraca de ondas e Pupo foi batido por 12,10 a 8,74 pontos, enquanto Filipe ganhou por 10,44 a 4,13 de Wiggolly, que permanece em vigésimo no ranking, mas sem o perigo de sair do G-22 no Havaí.

Após essas duas baterias, vieram mais três eliminações do Brasil na terceira fase. O potiguar Italo Ferreira arriscou até os aéreos contra Michel Bourez, mas o taitiano venceu por 12,16 a 10,34 pontos. Na disputa seguinte, John John Florence pegou bons tubos no Backdoor para totalizar 15,27 pontos, marca logo batida por Ryan Callinan, que atingiu 15,34 na vitória sobre Gabriel Medina. E ainda teve Adriano de Souza somando apenas 3,34 na última participação brasileira no domingo em Pipeline.

ESTREANTE DO ANO

Mas, para compensar, o dia terminou com uma boa notícia para o Brasil, Caio Ibelli é o “Rookie of the Year” da temporada no Samsung Galaxy WSL Championship Tour. O título de “Estreante do Ano”, que em 2015 foi conquistado pelo potiguar Italo Ferreira, foi confirmado com a derrota de Conner Coffin no duelo norte-americano com Kelly Slater que fechou o domingo no Havaí. Ele era o último concorrente de Caio Ibelli, que foi barrado na segunda fase sem vencer nenhuma bateria em sua primeira vez competindo em Banzai Pipeline.

“Este é o meu primeiro Pipe Masters e foi realmente difícil lá fora”, disse Caio Ibelli. “Eu fico triste pelo mar estar assim porque não consegui pegar nenhum tubo, mas este ano foi um dos melhores da minha vida. Foi uma experiência incrível estar no circuito e poder surfar todas aquelas ondas que sempre sonhei, competindo com os melhores surfistas do mundo. Espero continuar evoluindo e vou treinar bastante para fazer melhor no ano que vem”.

Caio Ibelli é o "Rookie of the Year" da temporada.. Crédito: WSL / Poullenot
Caio Ibelli é o “Rookie of the Year” da temporada..
Crédito: WSL / Poullenot

Além de Caio Ibelli, o Brasil sofreu outra baixa na repescagem. O potiguar Jadson André foi a primeira vítima do norte-americano Nat Young no domingo. Assim como Adriano de Souza, ele teve poucas chances para surfar e perdeu por 11,27 a 6,00 pontos. Mas, dois brasileiros passaram para a terceira fase na primeira rodada eliminatória do Billabong Pipe Masters. Mineirinho despachou o havaiano Bruce Irons no segundo duelo do dia por 14,67 a 11,30 e Wiggolly Dantas conseguiu a vitória na onda surfada nos últimos segundos para ganhar de virada do australiano Davey Cathels por um baixo placar de 5,93 a 5,90 pontos.


 

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